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Por mais batalhas que enfrento
Mais cicatrizes e dor aguento
Mas para o caminho ser persistente
O objetivo é corpo são e mente
Acordo todos os dias a pensar ser independente
O que não vejo e sinto
É que em nada sou diferente,
Se acordar e não ser independente.
Quero cada vez mais sentir
Que este sentimento prevaleça
A independência a rir
À espera que ela aconteça.
Uma lição retiro
Deste pequeno manuscrito
Que nada somos controladores
Vagueamos apenas nos bastidores.
Num rio abastado
Procuro cego e sozinho
Sincronizamo-nos lado a lado, não
Vamos parar este joguinho!
Não vale a pena esta aflição
Um sufoco, uma dor em vão
Caminhos distantes, desencontrados
Não continuemos atormentados.
Correto, procuro infimamente
Plantamos a árvore, não a semente
Perdido céu estrelado
Estou verdadeiramente ao teu lado?
Corpos atraentes, perspetivas diferentes
Adaptações contínuas e indecentes
Frustrado, sentimentos incontroláveis
Parecia, só parecia, que estávamos estáveis.
Vivo a vida no limite
O tempo voa sem compaixão
Ele não me permite
Ficar sentado à espera de solução
Lutas e desânimos
Problemas por resolver
Busco na vida outro ânimo
Os enigmas hão de resposta ter
Continuo a procurar o sentido
Não tenho nada a perder
Já, no entanto, perdi muito
O que é que eu agora vou fazer?
Conselhos para a direção certa
Não cá estás para me dar
Mergulho nesta dor discreta
Esta fase necessita de ultrapassar
As energias são trespassáveis
De corpo para corpo
Energias boas, momentos memoráveis
Energia más voam com o sopro.
Uma fonte incomensurável invisível
Que vai para além dos meus limites
À quem do compreensível,
A energia que tu transmites.
Pura como uma estrela
Natural como a natureza
Pinto-a numa tela
A energia e a tua beleza.
Nada vi antes tão poderoso
Ou nunca me senti tão pequeno
Mesmo o caminho sendo tenebroso
Nunca me senti tão sereno.
Como um carro adere à estrada
Os peixes vivem na água,
Suspensa tenho a mágoa,
Sem ti a minha vida, era nada.
Uma amizade é como a magia
Como Aveiro pertence à ria
Contínua conexão simbiótica,
Contínua conexão psicótica.
A naturalidade das sensações
Fluidez dos pensamentos
Nunca expondo as emoções
Todavia, presentes em todos os momentos
A tua ida seria incompreensível
Um crime não punível,
Uma dor sem saída
Mas é injusta, assim, a vida.
Tu e só tu
Sempre foste tu
Perco me nesse olhar
Esse olhar nu e cru
És uma falha no meu sistema
Acabei por dar-te nada e tudo
Perto de ti torno-me surdo e mudo
Tu és o vento e eu a pena
És mágica sem truques
Feitiços sem chamas
Viajo para outro mundo
Outro mundo em que me chamas
Esta é uma história sem fim
Nada disto tem correspondência
Lamento por não me amares a mim
Com todo o teu amor, na sua essência
Não sei se é a minha personalidade
Não sei se tenho maturidade
Nem sei se alguma vez terei certeza
Não sei se terei essa proeza.
Penso que controlo tudo
E não tenho nada controlado
Nesta relação, contudo
O meu medo é sobrevalorizado.
Sei que não sou perfeito
Tentando-o ser
Será este o meu defeito?
Não te consigo responder.
Escrevo-te por algo estar errado
Eu procuro estar contigo
Todos os esforços passam-te ao lado.
Provavelmente é por ser o primeiro
Por isso vou ser franco
Dou tanto a ti
Porquê é que não te apercebes o quanto?
Ficarei eternamente sozinho
Se contigo não ficar,
Na estrada à beira do moinho
As tardes íamos lá passar.
Uma admiração permanente
Que eu sinto aquando penso em ti
Falta de racionalidade, naturalmente
Chora, beija-me, ri.
Expresso o que não sinto
Sinto o que não acreditas
Calças sem um sinto
Não são calças proscritas.
Recorro-me ao mau presságio
Não estou preparado para o teu nível
Neste jogo sem estágio
Há claramente um grande desnível.
Descrições prolongadas infinitas
Todas as tuas qualidades descritas,
Mas por mais que tente elogiar-te,
Prometo eternamente amar-te.
À minha volta
Erros sistemáticos no sistema
Ações irracionais, repetidas
O ser humano, tem sempre o mesmo problema
Não aprende com as outras vidas
Generalização constante ordinária
Hipocrisia, desta grande sociedade
É comum com a idade emanar maturidade
Sendo esta uma ideia puramente imaginária.
Um vazio no pensamento
Autocrítica não se verifica
Será que não se deu o rebento?
Ou será, outra história mítica?
Acentuam-se as diferenças geracionais
Agravam-se situações internacionais,
Tudo posto debaixo do tapete
Ofendido, só quem enfia o barrete.
Não percebo o porquê de sentir,
Escondo, sempre o medo de sofrer
Até deixar o meu amor ir,
Não quero mas vai acontecer
Resta-me somente, sorrir.
Um disfarce nas brincadeiras
Um ´´tudo bem´´, conseguido
Dir-te-ia de mil e uma maneiras
Pena, não me ter ouvido.
Medo de tomar e não tomar iniciativa
Medo de seguir o meu instinto
Transparente, eu não minto
Está na hora da tua ida.
Admiro-te por tudo o que és
Uma mulher que qualquer um sonharia
Tu és o barco e eu o convés
O teu amor em mim não caberia.
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